A escuridão está tão clara na política que ofusca

Por Eduardo Frederico

A discussão sobre o bem e o mal na política é complexa e multifacetada. Na filosofia política, esses conceitos são frequentemente analisados através das lentes de teorias éticas e do papel das paixões humanas. Por exemplo, Thomas Hobbes argumenta que o bem e o mal não são propriedades inerentes às coisas, mas sim nomes dados aos objetos do amor e ódio, baseados nas paixões humanas.

Além disso, a percepção do poder em figuras como Maquiavel, Hobbes e Foucault mostra diferentes interpretações do bem e do mal no contexto político. Maquiavel, por exemplo, vê o poder político como algo que pode ser produtivo mesmo quando associado ao mal, enquanto Hobbes acredita na virtude do soberano para suprimir a luta política.

Mal e menos pior

Hoje eu entendo que a política é vista como um campo onde as escolhas muitas vezes não são entre o bem e o mal absoluto, mas entre o menos mal e o pior, indicando uma complexidade moral onde o bem pode triunfar, mas também pode causar danos dependendo da perspectiva.

E o bem não importa tanto

Estar ao lado de quem representa o bem é fundamental, pois as necessidades humanas às vezes nos cega quanto ao aspecto moral. 

Na política este tal bem representa a honestidade, a confiança e outras virtudes. 

Por que eu votaria em alguém que eu não confio?

A resposta que eu me dou é a de que ele – o votado – representaria o reflexo de quem lhe confiou o voto.