Carta de amor ao PT de Valente e ao carlista

Por Eduardo Frederico

Muitos não entendem a minha relação de amor com o PT.
Eu odeio os petistas e amo o PT.
Eu amo os carlistas e odeio o carlismo.
Como pode isso?
Pode porque mostra um grande erro conceitual dos dois modelos em relação a minha pessoa.

O PT não é seus líderes

Repito desde sempre que o PT é o sistema de cotas e a valorização do salário mínimo.
É o abrir o funcionalismo público para os socialmente marginalizados, é o colocar ar-condicionado na escola pública e também pegar o homem do campo e lhe oferecer condições de ser o que ele quiser, inclusive continuar sendo homem do campo.
O PT é o repartidor.
Se a maioria dos líderes petistas lucram igual aos coronéis que antes eles criticavam – ou até mesmo se juntam a eles – eu me compadeço e dou graças a Deus por não serem todos. Mesmo que sejam contados nos dedos eu conheço alguns petistas raiz que podem abrir as contas e mostrar que nunca lucraram nada e até perderam por seguir o Partido dos Trabalhadores.
Sobre os petistas em relação a mim eu só posso lamentar a forma com que sempre me trataram. Desrespeito, falsidade, infidelidade, intrigas e outras coisas negativas. As exceções para mim cabem numa só mão: Assis, Adevaldo e Zé Silva da Fatres e em Salvador e Brasília os meus amigos Luis Brasileiro e Pedro Formigle.

O carlista não tem culpa do carlismo

Eu amo os carlistas pela forma com que eu sempre fui tratado por eles. Em todos os lugares em que eu trabalhei e vivi eu fui respeitado e acolhido. Lógico que alguns desviados me enrolaram em Valente, mas são o joio.
Já sobre o carlismo eu tenho sérias críticas. Confesso que não era para tê-las, pois minha história com o carlismo vem da ligação de meu avô com o velho ACM. Meu desagrado vem do modelo de perpetuação do coronelismo, ou seja, a coisa de passar obrigatoriamente o poder para a família e para os filhos e netos – infelizmente tem petista que faz isso descaradamente em Valente, por exemplo.

Isso me leva a trabalhar com qualquer um e não ter motivo de fazer diferente.
Assim, o SisalHoje já se declara oposição a quem quer que seja em Valente em 2028.
Por consciência e por entender também que seja mais lucrativo não abraçar gestão alguma.