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Politica

Entrevista com Ivagner Araújo

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SisalHoje – Correm informações de uma possível candidatura sua à vereador, procede? 

Ivagner Araújo – Primeiramente, Eduardo, agradecer a oportunidade, o convite, e aproveitar para parabeniza-lo pelos relevantes serviços que tem prestado à nossa comunidade, através do site Sisal Hoje. Obrigado!

Eduardo, costumo dizer que vontade não mora, ela chega. Confesso que até aqui não chegou essa vontade, mas posso dizer que é um projeto que está amadurecendo, sobretudo em face dos incentivos, dos apoios que tenho recebido, de diferentes setores e correntes. 

Sou um cidadão político, todos devemos ser, pois é a política que pauta nosso dia-a-dia, e é somente por meio dela que podemos transformar a realidade, cuidar das pessoas, diminuir o sofrimento dos que necessitam da saúde, educação, infraestrutura, e segurança públicas, entre outros. Não adianta não gostar de política, se não participar é pior. 

A eleição para vereador é muito difícil, sobretudo para os que buscam colocar seus nomes pela primeira vez, pois já entrariam na disputa contra nomes consolidados, eleitos sob a égide de programas sociais, órgãos e ou setores públicos, instituições, redutos eleitorais, então não é tarefa fácil e seria preciso enfrentar com inteligência esse sistema. 

Nossa câmara é formada por bons vereadores, mas nada nunca deve ser considerando tão bom que não se possa melhorar.

SisalHoje – Seu tio, o ex-prefeito Ismael Ferreira, será candidato a prefeito novamente ou acredita que pode ser preterido no PT, em detrimento a uma candidatura de José Silva?

Ivagner Araújo – Sei pela mídia que é um dos pré-candidatos do PT, junto com Zé Silva e a ex-vereadora Leninha. A mim nunca disse nada, nem tem essa obrigação, além do que já li por aí. Mas ele tem currículo, na minha opinião fez um bom governo, estradas vicinais e aguadas comunitárias que não viam uma máquina há décadas foram recuperadas na gestão dele, a agricultura familiar nunca foi tão valorizada, executou um grande programa de pavimentação, os festejos juninos, natalinos e de réveillon também foram diferentes no seu mandato, entre outras coisas importantes. 

Ismael não ‘perdeu’ a reeleição pelo mandato que fez, muito pelo contrário, perdeu para o sistema, para a velha política, onde muitos queriam mandar, mas poucos efetivamente trabalhar, acontece. 

Não posso falar por ele, tampouco pelo PT, mas se ele tem alguma pretensão deveria se colocar, ou o partido no qual está filiado se adiantar em anunciar seu nome como o único pré-candidato da sigla, sob pena de um Déjà-vu, ou seja, repetir roteiro e script da última eleição. No final, não acredito em outra candidatura do PT que não seja a de Ismael, na minha opinião se o partido tiver realmente candidato será ele o representante.

Eduardo, não sei o que passa no PT, é um partido que no momento de construir é bem dividido, não se entendem entre eles. Se o candidato for do partido, a militância vai para o campo, se não for, trabalham apenas as candidaturas ao legislativo que eventualmente a sigla tenha registrado, foi assim na última eleição, com exceção do próprio Ismael, que realmente ‘meteu a cara’, foi para a estrada, enquanto os que fizeram a bagunça toda pegaram estrada para Salvador e para São Luís. 

Então, como eu acredito que, uma vez o PT tendo candidatura própria, esta será a de Ismael, não considero as pretensões de José Silva de forma concreta. Se acontecer, só me resta desejar boa sorte para ele (máximo que poderei fazer), mas não apostaria uma só ficha nisso.

SisalHoje – Se Ismael for candidato você o acompanhará?

Ivagner Araujo – Sou sangue do sangue de Ismael, não tenho direito de não o acompanhar. Aconselho, contudo, a não ser, já deu sua contribuição, fez muito esforço, fez muito por Valente e não foi compreendido, mas se ele decidir ser, se o partido referendar sua candidatura, tenho uma obrigação com ele, contará comigo, com meu apoio, mas não tenho compromisso com o partido. 

Eduardo, não tenho inimigos políticos, aprendi que a política é a arte também de somar, nunca de subtrair, então, tenho orgulho de ter trânsito em todos os grupos, quadros e correntes políticas, pois só com respeito e diálogo é que constrói uma sociedade forte, firme e justa. Então, se Ismael for candidato, estarei com ele, e se ele não estiver na disputa direta, então continuarei conversando com as pessoas, com os partidos.

SisalHoje – Como você avalia o atual cenário político em Valente, com vistas às eleições municipais 2024?

Ivagner Araújo – Não acredito em três candidaturas competitivas. 

Diante da demora de definição por parte do PT, Marcos ganha força, pois tem juntando quadros políticos historicamente ligados à sigla, a exemplo do vereador Sissi e do deputado Luciano. Contudo, Marcos não conseguiu ainda que expoentes do seu grupo de origem fizessem qualquer declaração de apoio a sua pré-candidatura, nem mesmo os vereadores do seu atual partido, o PSDB. Você já ouviu, Eduardo, alguma manifestação pública de apoio à pré-candidatura de Marcos, por parte de algum vereador ou de alguma ‘grande’ liderança política do seu próprio grupo? 

No primeiro sábado de janeiro Marcos celebrará seu aniversário no clube social Umburana e, durante o evento assinará sua filiação ao PSD. Com certeza veremos na composição da mesa as mesmas ‘lideranças’ políticas que tem acompanhando o prefeito Ubaldino nos eventos do governo, ou seja, ao que parece Marcos ainda nutre o desejo (ou já teria rechaçado publicamente essa hipótese) de ser o candidato da máquina, o candidato de Ubaldino, e não pela, ou da oposição. Pode mesmo acontecer de Ubaldino ceder à pressão do grupo que faz efetivamente o movimento das peças do tabuleiro na situação, e que tem sede de permanência no poder. Aparecerão aqueles conciliadores que prometerão servir de avalistas de ambos, para que o Professor garanta os lugares de ‘merecido’ destaque aos Amaral, num eventual retorno do docente ao Palácio Municipal. Esse cenário é tudo o que sonham, aliás, os vereadores ‘do grupo’, sim, pois na Casa da Cidadania Ubaldino e Marcos ainda integram o mesmo grupo político, e o racha não interessa a nenhum daqueles nobres edis. 

Não me pergunte, todavia, como ficariam o vereador Sissi e o deputado Luciano, se as nuvens dessem forma a este desenho. 

Ismael é o personagem que pode ‘bagunçar’ o jogo, se não for candidato, a efetiva disputa poderá se construir entre Ubaldino e Marcos, e Ismael terá que trabalhar dobrado para que José Silva não tenha menos votos do que obteve Cezar Rios, na última eleição. Se o PT decidir pela candidatura de Ismael, seu adversário deverá ser Marcos, com Ubaldino no palanque do Professor, ‘em nome do grupo’, em que pese interlocutores garantirem que Ubaldino não apoiaria Marcos sob qualquer circunstância, e que poderia lançar Zé de Zelí como seu candidato, mas o vice-prefeito não é bobo, não será candidato se não for o nome de consenso do grupo, o que, na minha opinião, não acontecerá

Marcos hoje sai na frente, lidera as pesquisas, tem conseguido apoios importantes, mas o fato de permanecer em cima do muro oferta munição aos adversários, em especial a Ubaldino, que vive uma ‘guerra fria’ com o Professor.

Entretanto, como na política tudo é teoria, mesmo depois dos resultados, imaginemos Ubaldino, rapaz manhoso, o homem dos botes certeiros, que até pode ser ruim de ‘amistoso’, mas se agiganta quando o jogo é ‘valendo três pontos’, decida não ceder às pressões, bata o pé em disputar a reeleição. Quantos dos nove vereadores que formam a base governista realmente abandonaria um projeto num cargueiro à todo vapor, com um capitão experiente como Ubaldino? Quantas e quais ‘lideranças’ que formam a tripulação realmente se aventuraria em águas escuras, com Marcos Adriano? Vale a reflexão.

Há quem aposte que, se Ubaldino teimar em continuar brincando à frente do leme, que a tripulação não abandona o navio e que, sob essa circunstância Marcos sequer lança seu bote ao mar, mas pelo menos tem a garantia que também não vai à prancha.

Uma última teoria aguça as boas conversas de boteco, de que Ubaldino e Ismael poderiam unir em torno de um nome novo, sem Amaral, sem Ferreira, com Oliveira pode (os dois contam com o sobrenome), difícil é achar alguém que tome café na cozinha de ambos, na mesma temperatura. 

SisalHoje – Você sempre foi um entusiasta da candidatura de seu irmão, Dica do posto, acredita que tem espaço na política para um ‘novo nome’ disputar a prefeitura?

Ivagner Araujo – Dica tem um currículo de trânsito político-social muito amplo, o que o gabarita à lembrança no meio político há décadas, mesmo sem nunca ter disputado uma eleição. Dica é um administrador nato, um empreendedor de sucesso, um gestor de estrutura e recursos, seria um grande prefeito, não tenho dúvidas. O convidei para ingressar no PDT, partido do qual ainda faço parte, mas ele continua no PT, onde não acredito que tenha qualquer espaço. 

Acredito mesmo que a política tem espaço para nomes novos, Valente é um celeiro de pessoas íntegras e competentes, tem uma gama delas que gostam de política e já demonstraram potencial de administração, de empreendedorismo, de comprometimento com o social, com o esporte, com a saúde, com a geração de emprego e renda, com a economia…, a exemplo dos empresários Dica do posto, Temi (da Temi Eletro), Ângelo Mota, Flaviano Rios e Deme do bingo, dos médicos Alisson Almeida, Danilo Madureira e Ênio Rios, de Bitoco do Sicoob, Juciano da APAEB, Mabel Amaral, dos advogados  Thiago Miranda, Tiago Rios, Guilherme Amaral, Manoel Lerciano, entre outros. 

Já pensou uma chapa formada dentre estes nomes? Alguns deles tem Oliveira no sobrenome…

SisalHoje – Se decidir disputar uma vaga na câmara de vereadores, e for eleito, em que seria pautado o seu mandato?

Ivagner Araújo – Eduardo, veja só, uma câmara é, e deve mesmo ser assim, formada por diferentes perfis, só com pluralidade se aproxima do alcance aos anseios da população. Sou Advogado de formação, então, se a vontade chegar, uma vez que não tem morada o desejo de uma candidatura, buscaria utilizar do conhecimento que disponho para o exercício efetivo do papel do vereador, que na sua essência precisa compreender o cumprimento da legislação, como também propor alterações, a criação de leis novas, legislar, com vistas ao atendimento ao que melhor beneficiaria à população, à realidade das pessoas, dos lugares, das culturas, das necessidades do nosso povo. 

Não é meu perfil, por exemplo, essa questão da marcação de exames, moções de congratulações, de pêsames, títulos de cidadania, indicações repetitivas… não estou aqui condenando aqueles que assim procedem com seus mandatos, pelo contrário, como disse, é interessante a pluralidade de perfis.

Tenho sustentado algumas bandeiras ao longo dos anos, e isso vem do cidadão político que sou, independente de uma eventual candidatura lá na frente, a exemplo de projetos que sejam voltados para à proteção aos animais em situação de abandono. Existem, Eduardo, os animais de rua, e os animais na rua, os primeiros são aqueles em situação de abandono, que mal tem forças para garimpar comida, os segundos são aqueles que vão para a rua, que não são monitorados pelos proprietários, e são estes, os cachorros ‘na’ rua, que promovem, por exemplo, os ataques à criações, quais ficamos todos sempre muito consternados quando acontecem, primeiro pela judiação que é com as criações, segundo pelo prejuízo causado aos pequenos produtores, então é preciso saber diferir. 

Outra coisa que sempre me preocupa é o cada vez mais escasso espaço para fomento a culturas, como a do circo e parque de diversões, logo não os teremos mais, o poder público precisa olhar para isso, tenho sugerido a desapropriação da área do ‘Caldeirão do Boi Valente’, para criação do Parque Verde do Marco Zero, onde áreas seriam destinadas a garantir, entre uma série de outras coisas, também para isso. 

Projetos que garantam incentivos fiscais e cessão de áreas para empreendedores, com vistas à geração de emprego e renda, temos muitas pequenas e microempresas que precisam da atenção do poder público.

Projetos de acessibilidade, pois Valente é uma cidade que fica devendo muito às Pessoas com Deficiência, não podemos aceitar, por exemplo, uma secretaria de educação, um setor tão importante, e que deveria ofertar o exemplo da inclusão, operando no primeiro andar de um prédio onde o único acesso é por escada.

Deve-se pensar em integrar a grade curricular de ensino na rede municipal, a introdução básica à Constituição Federal, para que as crianças cresçam conhecendo deveres e direitos básicos, além de abordagens a Estatutos como os da Criança e do Adolescente, do Idoso, da Pessoa com Deficiência, entre outros, pois acredito que isso enraizará valores desde cedo, formando novos cidadãos, com mais empatia, mais respeito, mais amor. 

Valente tem alguns imóveis no centro da cidade que valem muito dinheiro e que são subutilizados, se vendidos o valor arrecadado poderia ser investido numa ‘cidade administrativa’, espaço onde se reuniria as secretarias, diretorias, setores e departamentos de atendimento direto ao público, o que facilitaria em acesso, tempo, logística e economia. 

Vamos continuar sonhando, e lutando por dias melhores para nossa gente. 

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