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Politica

PESQUISA ATLAS INTEL: DÚVIDAS SOBRE 2º TURNO NA CAPITAL

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BAHIA ECONÔMICA – O Instituto Atlas Intel publicou a primeira pesquisa sobre a disputa para a Prefeitura de Salvador. Em função das festas de fim de ano, não houve muitas avaliações sobre os resultados da pesquisa, mas os números trazem informações preciosas para os candidatos e para a preparação da campanha.

A pesquisa indica que o atual prefeito Bruno Reis (UB), candidato à reeleição, lidera a preferência do eleitorado com 51,9% das intenções de voto, seguido do vice-governador Geraldo Junior(MDB), que tem 12% e em terceiro, Kleber Rosa (PSOL) com 10%, além de Luciana Buck, do partido Novo, com 4,3%.

Ora, numa primeira avaliação, é óbvia a vantagem de Bruno Reis em relação aos demais candidatos, que precisarão formar alianças e trabalhar muito para alcançar a pontuação do prefeito. Mas daí a afirmar que o candidato do União Brasil saí com forte possibilidade de ganhar no 1º turno é uma precipitação. Na verdade, a possibilidade existe, mas fundada em uma diferença de votos de apenas 2%. Isso significa que para vencer no 1º turno o atual prefeito terá de trabalhar com afinco para manter e ampliar sua pontuação atual e isso frente a uma campanha na qual os candidatos tendem a “bater” de forma conjunta na sua administração, buscando reduzir seu eleitorado.

Na verdade, a pesquisa Atlas Intel mostra a vantagem a favor de Reis e a enorme barreira que os demais candidatos terão de vencer se quiserem parear com o favorito. Mas mostra também, ao contrário do que afirmam os apressados, que, por enquanto, existe uma possibilidade forte de haver 2º turno nas eleições para a Prefeitura de Salvador.

Dois aspectos se contrapõem nessa análise; um deles favorece a hipótese do 2º turno, o outro torna ela menos factível. O primeiro aspecto é que a pontuação do Prefeito reflete sua alta exposição na mídia e, ao contrário, a baixa exposição na mídia dos demais postulantes. Aliás, foi surpreendente a pontuação dos três candidatos de oposição, visto que não tinham até o momento qualquer exposição ou qualquer indicação de que seriam candidatos a prefeito de Salvador, com exceção, talvez, de Kleber Rosa por conta do “recall” das últimas eleições. Quando um candidato parte do patamar de dois dígitos de preferência do eleitorado tende a crescer e, se tiver uma boa estrutura de campanha, financeira e política, geralmente chega ao segundo turno.

Mas se isso fortalece a hipótese de 2º turno, a aprovação da administração de Bruno Reis a enfraquece. A pesquisa indica que 59% aprovam a gestão do prefeito Reis, enquanto 29% desaprovam e outros 12% respondem “não sei”. Ora, até pouco antes do início da campanha o Prefeito terá enorme exposição na mídia e exposição positiva já que estará, como já anunciou, entregando obras. Dado que não existem informações sobre a rejeição dos candidatos, o cenário que se desenha é o seguinte:  A oposição terá pela frente um trabalho árduo no sentido de desconstruir a administração do prefeito, apontando seus pontos fracos e fortalecendo as críticas já existentes. Já Bruno Reis terá o trabalho, não menos árduo, de manter a aprovação de sua gestão, com a entrega de obras e outras ações, tentando manter sua posição junto ao eleitorado.

Ao mesmo tempo, e aí está o busílis, torna-se fundamental, especialmente para Bruno Reis e Geraldo Jr., que parecem ser os principais contendores na disputa, a formação de alianças políticas sólidas e que possam ampliar o poderio eleitoral de cada lado. A escolha do vice de cada chapa será um desses movimentos, atrair atores como João Roma e Kleber Rosa para a coligação de Bruno e Geraldo Jr., respectivamente, será outro movimento importante.

No mais – antes que alguém queira descaracterizar a análise afirmado que o analista é a favor deste e contra aquele ou vice-versa, como soe acontecer na Bahia –,  vale lembrar que este é um cenário de momento, que o processo eleitoral está recém começando, que existem variáveis nacionais, que não se sabe qual será a postura do presidente Lula, e tampouco o grau de federalização da campanha. Portanto, essas são as nuvens de hoje, amanhã elas podem estar em um lugar completamente diferente.

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