Polícia Federal poderia ser a esperança de uma Valente melhor

Por Eduardo Frederico

Veículos da Polícia Federal com agentes fortemente armados estiveram em Valente, Conceição do Coité e Santaluz em busca de provas de um crime acontecido na esfera administrativa do último e buscavam investigados.

Muitos logo irão discordar já do primeiro parágrafo deste texto pela afirmação de que existiu um crime.

Isso me remete a desculpa esfarrapada de um político de Brasília anos atrás de que o ato praticado por ele havia sido imoral, mas não ilegal.

Lógico que não existe crime sem que o mesmo esteja de antemão descrito no código penal e que ninguém é culpado sem o transitado em julgado do processo, porém se tem o princípio da moralidade que norteia casos como este.

(O princípio da moralidade é um dos pilares que norteiam a administração pública no Brasil, conforme o artigo 371 da Constituição Federal. Esse princípio exige que os servidores públicos e as instituições governamentais atuem com honestidade, probidade, boa-fé e respeito à ética em suas funções. Não basta apenas cumprir a lei; é necessário também agir de acordo com critérios éticos e de boa conduta).

Crime sim

O transporte escolar de Santaluz é criminoso.

Não só de lá, mas de vários outros municípios também.

É criminoso quando não é compatível com os milhões que chegam do governo federal e permitem que carros esculhambados e sem o mínimo de segurança transportem os alunos.

É criminoso quando se abastece centenas de litros em veículos quebrados e parados meses numa oficina.

O problema é que o ladrão não tem espelho.

Quanto mais bandido melhor

Valente não gosta de santos na política e nem na vida profissional.

Aliás, Valente gosta mais de quem faz merda e solte o dendê (expressão usada no município para favores em dinheiro ou cargos públicos) do que quem seja honesto.

Advogado bom é aquele que frauda o INSS e médico bom é aquele que mesmo sem uma especialização lhe oferte uma consulta de graça.

Portanto, quando me disseram que a Polícia Federal esteve na porta de Marcos eu falei: “Ganhou a eleição!”

Vereadores no camburão da PF

Para mim foi uma decepção saber que as quatro viaturas da Polícia Federal que vi passando próximo ao portal da cidade não estavam indo direto para a Câmara de Vereadores. Meus cálculos eram de que daria para a maioria dos edis caber confortavelmente nos camburões.

Perdemos todos com eles soltos.