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Opinião

Sul experimenta a desolação que o nordestino sempre passou

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Por Eduardo Frederico 

Desde o último domingo, 5, quando o drama causado pelas enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul passou a ser uma tragédia nacional, a cena do governador gaúcho, Eduardo Leite, o presidente Lula, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, tendo ao fundo uma tela onde se lia  “Plano Marshall” — uma alusão ao projeto de reconstrução da Europa depois da Segunda Guerra Mundial, se interpreta como o retrato do fracasso do Estado brasileiro.

Um fracasso possível de se enxergar todos os anos – nos últimos 100 anos – em outras regiões do Brasil. Estou falando do norte e do nordeste.

Nestas regiões se tem a eterna tragédia nacional.

Políticos fazem política

Lula, Lira, Pacheco e 13 ministros, além do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, o chefe do Exército, general Tomás Paiva, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que é gaúcho, foram dar uma espiadinha no caos. 

Porém não há notícias de que algum deles possa ter uma única ideia para ajudar. Importante dizer que Lula destravou R$ 1,3 bilhão em recursos da União, cujos repasses serão fracionados, para ajudar.

Nada vezes nada em Brasília

Em Brasília, o que se viu ao longo da semana foi igual ou pior: um festival de incompetência, oportunismo e autoritarismo, nessa ordem. Simone Tebet, afirmou que o dinheiro emergencial para o Estado será liberado “quando a água baixar”. Além da barbeiragem óbvia num momento de desespero, Tebet  está desde o primeiro dia dando provas de que não sabe pra que lado vai o Ministério do Planejamento e Orçamento. Aliás, ela não tem nenhuma ideia do que está fazendo no governo.

O erro não é só dos políticos

A catástrofe gaúcha, infelizmente, é mais um capítulo da falência do Estado brasileiro, que não começou ontem. Não havia — nem nunca houve — plano de contingência para crises nos municípios brasileiros. 

A tragédia anual da seca nas regiões da parte de cima do Brasil são contadas nos livros de história.

Só a solidariedade do povo 

Há uma profusão de vídeos de botes e embarcações com dezenas de pessoas e animais resgatados. Nessa hora, como em qualquer tragédia, surgem heróis anônimos, como aconteceu no incêndio da boate Kiss, que deixou 242 mortos em 2013, no mesmo Rio Grande do Sul. À época, muitos dos 636 sobreviventes devem a vida ao voluntarismo de civis que arrebentaram paredes a marretadas pelo lado externo e enfrentaram as chamas em busca de alguém.

Centenas de empresários ofereceram donativos, emprestaram helicópteros e embarcações. Na rede X, por exemplo, pilotos de helicópteros se ofereceram para ajudar. Houve campanhas de arrecadação de recursos em todas as partes. 

Ajuda federal demora

Não se sabe quanto nem quando os recursos do governo federal vão chegar às mãos de quem mais precisa deles no Sul. Talvez, quando a água baixar, segundo a ministra Simone Tebet. Mas o povo brasileiro fará chegar o que conseguiu por conta própria.

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